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Planejamento tributário para o segundo semestre: o que o contador precisa saber para orientar seus clientes

O segundo semestre do ano fiscal é decisivo para empresas que desejam evitar surpresas com o fisco, reduzir a carga tributária de forma legal e alinhar estratégias com base nos resultados do primeiro semestre. Neste artigo, vamos mostrar como o contador pode atuar com mais consultividade e preparar seus clientes para decisões mais inteligentes e econômicas.

O segundo semestre representa uma fase crítica para empresas que desejam encerrar o ano com saúde financeira, segurança fiscal e aproveitamento máximo das oportunidades previstas em lei. Para o contador, esse período é mais do que uma continuação da rotina: é o momento de atuar de forma estratégica, revisando projeções, corrigindo rumos e agregando valor por meio de um planejamento tributário bem estruturado.

Com os dados do primeiro semestre em mãos, o contador ganha clareza para avaliar o regime tributário adotado, revisar obrigações acessórias, e identificar distorções ou lacunas que podem ser corrigidas a tempo. É também a hora de projetar cenários para 2026, orientar o cliente quanto à distribuição de lucros e aproveitar créditos fiscais esquecidos ou mal utilizados.

Hoje, as empresas estão buscando profissionais que pensem além da conformidade. Um contador que se posiciona como consultor tributário consegue transformar o planejamento fiscal em uma ferramenta de economia real, mostrando ao cliente que é possível pagar menos impostos de forma legal e consciente.

Neste artigo, reunimos os principais pontos que você, contador, precisa dominar para ajudar seus clientes a tomarem decisões mais seguras, econômicas e vantajosas neste segundo semestre. Acompanhe.

 

Confira também : Reforma Tributária: oportunidade para contadores se tornarem consultores estratégicos

O que é Planejamento Tributário?


O
planejamento tributário é o conjunto de estratégias legais adotadas pelas empresas para reduzir a carga tributária, melhorar o fluxo de caixa e evitar autuações fiscais. Ele pode ser preventivo (quando visa evitar problemas) ou corretivo (quando corrige falhas já existentes).

Ao revisar o planejamento, o contador pode identificar se o regime tributário atual (Simples, Lucro Presumido ou Lucro Real) continua sendo o mais vantajoso. Também é possível detectar falhas contábeis ou fiscais que, se não corrigidas, podem gerar autuações ou um pagamento de tributos superior ao necessário. Um bom planejamento ainda permite antecipar o enquadramento ideal para o próximo ano, já que o início de 2026 exigirá decisões rápidas com base em dados do segundo semestre de 2025.

O segundo semestre é um excelente momento para revisitar esse planejamento, porque já se tem um panorama mais claro das operações do ano. Com isso, o contador pode:

  • Avaliar se o regime tributário atual ainda é o mais vantajoso;
  • Corrigir distorções contábeis ou fiscais;
  • Antecipar projeções para Lucro Real, Presumido ou Simples Nacional em 2026.


Quais dados o contador deve analisar no segundo semestre

O contador deve começar pelo faturamento bruto acumulado e verificar se ele está dentro das projeções iniciais. Essa análise permite identificar se a empresa ainda se enquadra no regime atual ou se há risco de ultrapassar os limites do Simples, por exemplo.

A margem de lucro, os custos operacionais e a efetividade das provisões contábeis também precisam ser revisados, pois impactam diretamente no cálculo de impostos como IRPJ, CSLL, PIS e Cofins.

Para que o planejamento tributário 2025 seja eficiente, é preciso se basear em dados reais e atualizados. Veja os principais indicadores que merecem atenção:

  • Faturamento acumulado do ano;
  • Margem de lucro e custos operacionais;
  • Provisões e obrigações acessórias entregues;
  • Alterações no quadro societário ou tipo de atividade.


Essas informações ajudam o contador a simular cenários e sugerir ajustes, como mudança de regime, aproveitamento de créditos fiscais ou reorganizações societárias.

Confira também : Planejamento estratégico para Escritórios de Contabilidade em 2025: 7 passos essenciais

Oportunidades tributárias que ainda podem ser aproveitadas em 2025


Mesmo com o avanço das obrigações acessórias e maior fiscalização, 2025 ainda oferece boas oportunidades tributárias, especialmente para empresas que contam com contadores atentos e atualizados. A seguir, algumas que merecem destaque:

  1. Recuperação de tributos pagos indevidamente ou a maior: Muitos contribuintes ainda pagam impostos além do necessário, seja por erro de classificação fiscal, aplicação incorreta de alíquotas ou falhas no cadastro de produtos. Realizar um levantamento retroativo dos últimos 5 anos pode gerar créditos importantes — especialmente no PIS, COFINS, ICMS-ST e INSS.

     

  2. Planejamento tributário de transição: A reforma tributária já foi aprovada, mas sua transição será longa (até 2033). Isso abre espaço para os contadores prepararem seus clientes para mudanças no modelo de consumo, evitando surpresas e aproveitando benefícios transitórios, como os regimes especiais que ainda estão vigentes. Além disso, empresas que se organizarem desde já podem garantir vantagem competitiva ao longo do processo.

     

  3. Benefícios fiscais regionais ou setoriais: Muitos estados ainda mantêm incentivos para determinados setores (como atacadistas, agro, transportes e indústria). Mapear os incentivos fiscais estaduais e municipais, como o Prodepe (PE), Fomentar (GO) ou Sudam/Sudene, pode representar economia expressiva para empresas que se enquadram.

     

  4. Revisão de regime tributário para 2026: Embora a escolha do regime tributário seja feita geralmente em janeiro, o segundo semestre é ideal para simular cenários com base nos resultados parciais. Isso permite identificar se o Lucro Presumido, Real ou Simples Nacional continuará sendo vantajoso, ou se ajustes devem ser feitos. Antecipar essa análise evita decisões precipitadas no último minuto.

     

  5. Incorporação de soluções tecnológicas com foco fiscal: Muitos softwares e ERPs possuem funcionalidades subutilizadas que podem automatizar cálculos de tributos, reduzir erros de apuração e até facilitar a gestão de créditos fiscais. Um bom contador consultivo deve sugerir a implementação dessas ferramentas como parte da estratégia tributária.

     

Como o contador pode se posicionar como consultor tributário

Em um cenário de constantes mudanças fiscais, o contador deixou de ser apenas um profissional operacional para se tornar um agente estratégico. O posicionamento como consultor tributário é não só possível, como necessário. E isso começa com uma mudança de mentalidade: o contador precisa assumir o papel de analista de dados fiscais, oferecendo orientações preventivas, e não apenas corretivas.

Para isso, é fundamental investir em capacitação contínua, participando de eventos, treinamentos e se atualizando constantemente sobre legislações e regimes especiais. Com esse conhecimento aprofundado, o contador pode realizar diagnósticos tributários detalhados, identificar riscos e apresentar cenários simulados para tomada de decisão.

Além disso, é importante aprender a comunicar valor. Ao invés de apresentar apenas os números e guias, o contador consultivo mostra o impacto direto das decisões fiscais no caixa da empresa, ajuda o cliente a planejar e reduz passivos fiscais. Isso exige desenvolver uma abordagem mais proativa: agendar reuniões periódicas, mapear oportunidades de economia tributária, e até sugerir mudanças de regime tributário quando apropriado.

Um diferencial importante também está em usar ferramentas tecnológicas de gestão tributária para gerar relatórios, cruzar informações e apresentar soluções. O contador consultor não trabalha só com obrigações acessórias, mas com inteligência tributária aplicada ao negócio.

 

Conclusão: O contador preparado transforma empresas!

Encerrar o ano fiscal com segurança, economia e organização tributária é o sonho de qualquer empresa, e o contador é peça-chave para que isso se torne realidade. O segundo semestre oferece o tempo e os dados necessários para decisões embasadas e inteligentes. Quem atua de forma proativa nesse período, ganha autoridade e se posiciona com destaque no mercado.

Ao reunir informações, cruzar dados e propor cenários ao cliente, você mostra domínio técnico, visão estratégica e preocupação genuína com o sucesso do negócio. Isso vai muito além de emitir uma DARF: é criar valor real com o seu conhecimento.

Transforme esse semestre em uma virada de chave para sua carreira e para os resultados de seus clientes. O momento de atuar como consultor tributário é agora — e você já tem tudo o que precisa para isso.

E se quiser mais tempo para focar no que realmente importa, conte com a Confi a tecnologia certa para automatizar rotinas e deixar você livre para atuar com inteligência e estratégia.

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