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Jornada de Trabalho 6×1: O impacto da PEC e o papel dos contadores nas mudanças.

Com a proposta de acabar com a jornada trabalho 6×1, os contadores ganham um papel estratégico na adaptação das empresas às novas exigências trabalhistas.

As jornadas de trabalho são parte essencial da rotina de qualquer empresa, mas nem sempre recebem a atenção que merecem. Para escritórios de contabilidade, o conhecimento sobre as diferentes escalas de trabalho é ainda mais crucial. Afinal, entender a legislação trabalhista e suas nuances não é apenas uma obrigação legal — é também uma forma de proteger os clientes contra passivos trabalhistas e evitar complicações com a justiça.

Recentemente, a PEC que propõe o fim da jornada de trabalho 6×1 e estabelece o limite de 36 horas semanais trouxe à tona um debate que vai além da escala tradicional. A proposta levanta questões sobre como as jornadas de trabalho devem se adequar às realidades de diferentes setores, enquanto também busca preservar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.

Para quem atua na contabilidade, estar por dentro dessas discussões é indispensável. Mudanças legislativas podem exigir atualizações em contratos, folhas de pagamento e até mesmo nos sistemas usados pelos escritórios. Além disso, compreender as diversas jornadas de trabalho existentes no Brasil ajuda a oferecer orientações mais precisas aos clientes, garantindo que todos cumpram a lei e evitem multas desnecessárias.

Neste artigo, vamos explorar as principais escalas de trabalho no Brasil, com destaque para a jornada de trabalho 6×1 e as mudanças propostas pela PEC. 

O que é a jornada de trabalho 6x1?

A jornada de trabalho 6×1 é uma das escalas de trabalho mais comuns no Brasil, especialmente em setores como comércio e serviços. Ela funciona de forma simples: o empregado trabalha por seis dias consecutivos e tem direito a um dia de folga. É um modelo amplamente utilizado, pois permite que as empresas mantenham suas operações em funcionamento constante, algo essencial em áreas que demandam atendimento diário ao público.

No entanto, a legislação que regulamenta essa jornada inclui uma regra importante: pelo menos uma vez a cada sete semanas, a folga deve coincidir com o domingo. Isso garante aos trabalhadores a oportunidade de descanso em um dia tradicionalmente voltado ao convívio social e familiar, equilibrando as exigências do trabalho com a qualidade de vida.

Para os escritórios de contabilidade, entender os detalhes dessa escala é fundamental, especialmente ao orientar clientes sobre como organizá-la de forma legal. O descumprimento dessas normas pode resultar em penalidades, como o pagamento de horas extras, além de gerar passivos trabalhistas que impactam negativamente as finanças das empresas.

Agora, com a proposta da PEC que visa acabar com a jornada de trabalho 6×1, o debate sobre a sustentabilidade desse modelo e sua adequação aos novos tempos ganha ainda mais relevância. 

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Jornada de trabalho 6x1 x PEC: o que a proposta pode mudar?

A jornada de trabalho 6×1 está no centro de um debate importante desde que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi apresentada sugerindo o fim dessa escala e a implementação de um limite de 36 horas semanais de trabalho. Se aprovada, a PEC pode mudar radicalmente a dinâmica das relações de trabalho no Brasil, impactando empresas e empregados em diversos setores.

Com a PEC em discussão, surgem questionamentos: como será o impacto dessa mudança nas operações das empresas? Como os empregadores vão reorganizar as escalas para atender à nova carga horária semanal? Para escritórios de contabilidade, essas respostas são fundamentais, pois qualquer mudança legislativa requer ajustes nos contratos de trabalho, na folha de pagamento e até na gestão de horas extras.

Além disso, o limite de 36 horas semanais proposto pela PEC pode significar um aumento nos custos trabalhistas para empresas que precisem contratar mais funcionários para cobrir a carga horária reduzida. Por outro lado, para os trabalhadores, a mudança pode representar uma melhoria na qualidade de vida, com mais tempo livre para o descanso e atividades pessoais.

Como contador, acompanhar esse cenário e se antecipar às possíveis alterações é essencial para oferecer suporte estratégico aos clientes. 

Outras jornadas e escalas de trabalho no Brasil

Embora a jornada de trabalho 6×1 seja uma das mais discutidas, o Brasil conta com várias outras escalas de trabalho que atendem a diferentes necessidades do mercado. Cada tipo de jornada tem suas peculiaridades, que podem ser mais ou menos adequadas dependendo do setor da empresa e das demandas dos trabalhadores. 

Aqui estão algumas das principais jornadas de trabalho em vigor no Brasil:

 

Jornada 5×2

A jornada 5×2 é a mais comum no Brasil, especialmente em empresas que seguem o modelo tradicional de expediente. Nessa escala, o trabalhador cumpre 5 dias consecutivos de trabalho seguidos de 2 dias de folga, geralmente no final de semana. Com jornadas diárias de 8 horas, esse modelo totaliza 40 horas semanais, o que é considerado padrão para a maioria das empresas.

 

44 horas semanais

Embora menos discutida, a jornada de 44 horas semanais ainda é bastante utilizada, especialmente para cargos com horários fixos. Nesse modelo, o empregado trabalha 8 horas por dia de segunda a sexta-feira, com uma carga adicional de 4 horas no sábado. Essa jornada atende às disposições da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e é uma das mais tradicionais no Brasil.

 

Jornada 4×3

Embora ainda pouco aplicada no Brasil, a jornada 4×3 vem ganhando espaço em algumas empresas, especialmente no setor industrial e em áreas que operam com turnos. O modelo 4×3 prevê 4 dias consecutivos de trabalho seguidos por 3 dias de descanso. Com uma carga semanal de 36 horas, essa escala busca equilibrar os períodos de descanso com a necessidade de trabalho. Essa jornada é bastante popular em países como o Reino Unido e os Estados Unidos, e a proposta de implementá-la no Brasil, inclusive, ganhou apoio por meio da PEC que visa reformar as jornadas de trabalho.

 

Escala 12×36

A jornada 12×36 é menos comum em escritórios e empresas comerciais, mas é amplamente utilizada em setores específicos, como saúde, segurança e serviços de emergência. Nesse modelo, o trabalhador cumpre 12 horas de trabalho consecutivas seguidas por 36 horas de descanso. Apesar de ser uma jornada mais desgastante, ela é vantajosa para empresas que operam 24 horas por dia, pois permite a cobertura integral das operações com uma carga horária menor.

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Por que os contadores devem acompanhar as mudanças nas escalas de trabalho?

Para os escritórios de contabilidade, entender as diferentes escalas de trabalho e como as mudanças legislativas podem impactá-las é mais do que uma questão de conformidade. É uma oportunidade de se posicionar como um parceiro estratégico para as empresas que atendem. As alterações propostas pela PEC, que busca limitar a jornada de trabalho a 36 horas semanais e acabar com o modelo de jornada de trabalho 6×1, são apenas um exemplo de como o ambiente regulatório está sempre em evolução.

Acompanhar essas mudanças é fundamental para garantir que os contratos de trabalho estejam sempre em conformidade com a lei. Isso evita riscos trabalhistas e  também ajuda a otimizar a gestão de recursos humanos e financeiros. Quando uma nova legislação entra em vigor, é comum que as empresas precisem ajustar suas operações e, muitas vezes, revisar a estrutura de escalas de trabalho, o que implica em alterações na folha de pagamento, no controle de horas extras e até mesmo nas contratações.

Além disso, como as jornadas de trabalho afetam diretamente o cálculo da remuneração e dos benefícios dos empregados, um contador bem informado é capaz de oferecer orientações valiosas para ajustar os custos com a folha e evitar passivos futuros. Isso inclui desde o correto preenchimento das horas trabalhadas até o impacto das escalas de trabalho na compensação de feriados e descanso semanal.

Por fim, o contador não deve ser apenas um executor das normas trabalhistas, mas sim um consultor que antecipa as mudanças e ajuda seus clientes a se adaptarem da melhor forma possível. A PEC em discussão pode trazer uma grande transformação no mercado de trabalho, e quem estiver preparado para essas mudanças sairá na frente, oferecendo soluções que atendem às necessidades tanto dos empregados quanto dos empregadores.

Conclusão: Jornada de trabalho 6x1:o impacto da PEC e o papel dos contadores

A proposta da PEC que visa alterar a jornada de trabalho no Brasil — limitando a carga semanal para 36 horas e abolindo o modelo de jornada de trabalho 6×1 — certamente está gerando muita discussão. Para os escritórios de contabilidade, a atenção a esse tema nunca foi tão importante. Mudanças como essas não apenas afetam a forma como as empresas organizam suas equipes, mas também impactam diretamente o cálculo da folha de pagamento, a gestão de horas extras e a estrutura contratual das organizações.

A proposta de modificar as jornadas de trabalho reflete uma tendência crescente de equilibrar as necessidades produtivas das empresas com o bem-estar dos trabalhadores. Se aprovada, a PEC trará benefícios tanto para os empregados, com mais tempo livre e melhor qualidade de vida, quanto para os empregadores, que poderão contar com jornadas mais equilibradas e um potencial aumento de produtividade.

Como profissionais que lidam com os aspectos financeiros e trabalhistas das empresas, os contadores devem se manter informados e proativos. Com as mudanças propostas pela PEC, surge uma oportunidade para se destacar, antecipando as necessidades dos clientes e oferecendo soluções inovadoras que garantam a conformidade e a continuidade do sucesso dos negócios. 

O futuro das jornadas de trabalho no Brasil está em constante transformação, e os contadores desempenharão um papel decisivo nesse processo de adaptação.

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